vulto, melodia

e toda a vontade de
potência dessas matilhas,
subjugadas a sérios
consensos perante a maioria

inhotim mira a classe c

Poderíamos pôr abaixo todos os mistérios, celeumas tristes e demais internos.

Rodo de lugar não tem nome, não tem coisa, é pura função. Das 8 da manhã às seis da tarde nos reunimos, confeccionando aquilo que será exposto no museu dos largos, o parque ouvinte da classe militar.

Nosso grau de indiferença não tem nome, se converte em emaranhados de coisa alguma, fiação. As estruturas não serão visíveis, as estruturas não serão visíveis – permanecem, anulam-se, tão logo adentramos a sala expositiva.

(o convite para a inauguração esqueceram, ou foi visto pela mão de terceiros, à meia voz).

Qual é o corpo que comemora seus doces mistérios cantantes?

São tantas as vozes e mãos habilidosas empenhadas em construir sabe-o-que-isso-venha-a-ser. Entretenimento de pedais celestes, ferradura – mas por que mesmo fomos tornados invisíveis?

O gosto pela função; o amante que se importa mas não é tomado à cena. É visto no barracão da escola, em meio de muitos, e assim se reconhece. A única visão possível é a do ato sem fala (e todo o ruído da sala é vão, inevitável).

Seria doce se não fosse sincero. Meus aplausos aos artistas e seus castelos!

do entorno que nos enleva:

somente a notícia posta sobre
a mesa
ao lado dos livros
e da arte –
para nos lembrar em que
lugar estamos)

folder_vultomelodia_s1600

inquietude

– a gente tem essa necessidade de espaços vazios. dentro de casa, menos móveis, menos informação. provável que seja consequência dessa vida urbana, superlotada. de gente, publicidade, fumaça, carros ou coisas. prédios. informação mesmo. maravilha é quando alguém encontra espaço vazio todo para si. abraçar o universo. na praia, vendo só o céu, areia e mar. 360 graus, a linha do horizonte.

– e se morasse no mato, seria diferente?

– talvez. se tudo fosse preenchido de silêncio e calmaria, ou quase tudo, não acho improvável que algum ruído se fizesse necessário, nem que fosse pra desestabilizar. os excessos paralisam, às vezes. ou talvez seja tudo uma questão de inquietude.

03032013

espécime

o mito da especialidade das espécies, das funções todas obtidas a custo de tempo, poder e uns papéis marcados.

ter início sem predispor de nada,