práticas de convivência i e ii (prólogo, anotação)

investigação sobre práticas de convivência i: dança/improvisação [foto: pausar respirar mover, sp, 2017]

 

investigação sobre práticas de convivência ii: reunir-se ao redor da fogueira, comer [foto: residência casa comum, rj, 2016]

 

__e em tempo > ao tuíter estamos de volta, escusos motivos, proliferação (a boca se abre, vocifera, cria campo); twitter.com/azuisazuis

ativismo hacker e ética da permacultura

no dia 9 de maio deste ano tive o grande prazer de participar de um debate sobre ativismo hacker e ética da permacultura, ou hacktivismo e permacultura. éticas, noções e práticas de autonomia, vivências, educação e diferentes perspectivas sobre tecnologias, fazeres e política permearam o efusivo debate. agradeço profundamente ao instituto casa da cidade pela abertura do espaço, à maisa martorano pelas trocas e sobretudo à nadia recioli pelo convite, pelas conversas e por tudo o que ainda vamos fazer.

debate continua na rede e ainda irá se espalhar e muito por outros espaços.

“sempre foi sobre união de mundos” 🙂

o pessoal da casa da joanna registrou o encontro, e que seja esporo para ramificações várias o/

desenrolar

motivo de redefinir a noção de casa. caber nas frestas nunca foi tão protuberante, tão ingênuo, obviedade que, sem medo, sem nem perceber com detalhes de processo, vai dissolvendo os enlaces e malgrados de tantos anos.

uns trinta anos, eu diria, variando para menos ou para mais.

dominar o apego que sobretudo quer ter por si parte e sempre de uma mesma coisa que muda, muda, muda tão forte que se torna risível, muda de novo, não sabe mais não mudar, perdeu o caminho das botas, sobrepõe entulho, atola, reconstrói, emprega método permacultura em terrenos sem saber tamanho, floresce, floresce.

sem fio nem meada, contornos, definições. talvez daí definir. talvez daí possa desenrolar o novelo, enfim e tanto quanto, depois de tanto tempo, de tanto asfalto, menina, e asfalto mais vai buscar. em casa, onde estiver chamando então de casa. um canto de pássaro que chama teu amor, desenrola, abraço. um canto sem dano e sem louvor, quem sabe em suspensão. isso existe, isso existe sim! e trata-se justamente de não ter chão, nem aí para o que há no mundo físico, no mundo plano que não conhece curvas nem sustentação.

sustentar a curva, ter amor ao processo e a cada ponta do novelo, que se parte mas continua, fere, atura. sabe entremear uns gostos de conheços com novidades e surpresos, bichos das mais diversas partes, orações.

um passarinho vai carregar o novelo, vai entremear a curva, vai tecer versos em tinta nanquim, subir no alto dos prédios e lá de cima silenciar.

é só isso e é tanto,
de andares e pés em sustentação
subir sem menos, saber tropeçar, cair, recomeço