courage no festival 1666

 

o recém-criado Festival 1666, dedicado a filmes curtas e longas feitos em 16mm (finalizados ou não no formato), com produção e curadoria dos queridos Isabel Veiga, Vinícius Campos e Rodrigo Sousa e Sousa aconteceu no Cine Olido em SP e na Cinemateca do MAM Rio em novembro de 2019.

courage (azul): naipe de paus participou da mostra paralela (não-competitiva) em ambas as cidades; a sessão do Rio teve direito a um debate junto a outros realizadores, de diferentes gerações. fiquei muito muito grata de participar, e poder partilhar uma mesa de debate após os filmes com o Hernani Heffner, Alice Furtado, Cris Miranda e José Inácio Parente, além do Vinícius, que foi mediador.

 

 

courage na 13ª Mostra CineBH

courage (azul): naipe de paus foi selecionado para a 13ª Mostra CineBH e eu pude comparecer à sessão no Cine SESC Palladium, dia 19/09 em Belo Horizonte, a convite do festival.

Grande honra, muito grata! Em paralelo, acontecia uma mostra chamada A Cidade em Movimento, dedicada a filmes locais, com foco em natureza, trabalho, corpo, gênero, militância e juventude, com os quais eu super me identifiquei.

fizemos um filme

frame de courage: azul (naipe de paus), 16mm, porvir

o primeiro em película. 16mm. parque da aclimação, são paulo. liberdade, são paulo. temos escritório no rio de janeiro. temos atelier no rio de janeiro. as ruas urgem por justiça, as pessoas estão atordoadas, o clima fere a notícia, fere a pele dia a dia, fere as pessoas em sua existência. a política enviesou e se afirma torta: agora serão explícitas as cartas marcadas. agora se tornará evidente, a cada dia, as vozes decrépitas e funestas que se apoderam de direitos. a direita não aprecia direitos. a direita não respeita direitos. a direita não se importa com sangue, só vê lucro, lucro em cima de pobreza. seja dito: isso não será mais tolerado. seja dito: a liberdade tem lado. seja dito: eu, que nunca fui a favor de polarizações, sempre sim e não ao mesmo tempo heráclito, heráclito, meu amor, não querem que leiamos livros. espalham-se fragmentos. reavivados tempos que não pensaríamos capazes, tamanha a pobreza dos argumentos, pulsões de morte. pois estamos vivos, estaremos vivos, vivos seguiremos, com respiros, gana, afagos. união.

este naipe é símbolo que encontramos em uma casa onde há um laboratório e abraçamos num gesto de entusiasmo, energia, alegria e força tenaz. argumento, ferramenta, pesquisa. fogo, tarô. em que busca a água no parque e um caminho selvagem no meio da grande cidade, no parque cujo formato me lembra a áfrica. em que caminha e reencontra seu passo, reinventa, deita, se confunde com o lugar. cor, mistura e as vestes: acidente e composição. parceria, invenção. rastro de investigação: assim ocorrem os trabalhos.

grata à disposição e dedicação da maravilhosa dupla distruktur – melissa dullius e gustavo jahn. grata aos colegas participantes da oficina subversões fotoquímicas, a primeira, e tudo o que fizemos juntos, os encontros porvir. rodrigo de sousa e sousa, isabel veiga, vinícius campos, pedro ivo carvalho, paulo suriani. roger sassaki, acolhimento, equipamentos, atenção. gratos seguiremos. já subo um teaser, quero ver exibição.

façamos mais. façamos juntos. pés no chão, direto na terra, andar.