horta/dança (experimento)

quem observa e registra o movimento é o mesmo corpo que gera o gesto (sem divisões ou hierarquias) para além daquelas que traz o próprio espaço (em parceria com gabriela itocazo)

um corpo em riste; processo

doismilequinze chega e já está no meio, mais que o meio, é beira. o dia fora do tempo, e o tempo, que de sincronias anda turvo, vive mais em ato que em documento. só que preciso de documento. dizem uns, as coisas se constroem com. de alguns atos tenho, de outros não, ou pouco, colho os rastros por aí. que de fato me ocupo que sejam poucos. para não cair no buraco negro dos ruídos. habitar um espaço ruidoso como a megacidade dos carros faz com que eu me esquive de fotos, deixe de documentar, queira participar cada vez menos …

vox

para alocar a esquiva da fala, crio vox. os campos desarrumados, descontínuos porque transversais. de tempos assíncronos, porém menos mundo que isto aqui. mais presente que ahora, mas ainda negando as simultaneidades construídas. mundo de avessos, travessuras y trejeitos internos. assista.

escuta

entre outubro e dezembro de 2014 organizamos eu, maya dikstein e clara lópez menéndez, encontros que denominamos ESCUTA, que aconteceram no espaço da residência artística casa juisi / phosphorus, da qual a maya estava participando. maya e eu já havíamos escrito projeto juntas, e trocado experiências sobre nossos processos, enquanto que clara, curadora espanhola radicada em nova york, também estava fazendo residência artística em são paulo na mesma época. a ideia de se encontrar para ouvir, e não para ver algo, muito me seduziu, e faz todo sentido em um momento em que, por diversos fatores, venho me debruçando sobre …

curvas

conjurar sistemas em meio às turvas águas de verão. chuva de verão é tão bonito. faz seis meses que habito a cidade dos carros. me vejo atravessando viadutos gigantescos a cada dia, pensando em como construir mini cisternas em apartamentos, admirando casinhas num bairro bem perto daqui, de um mirante que traça a rota da horta comunitária descendo escadas preenchidas por graffitis coloridos. não é só cinza a cidade dos carros. o caso é que me parece que tudo aqui se intensificou, e há mais tempo: há poucas brechas, nesse trajeto tão corrido, para refletir sobre os porquês dos sistemas …