Categoria: ruído
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onde está
quem iria dizer que o invólucro iria se rasgar espalhando pela rua (mais uma vez) parece que os rastros foram todos coletados (ao menos isso) que sirvam a alguéns as ruínas e também os amados objetos costuras rabiscos revistas livros colchão esteira estante gavetas tudo isso na rua num alvoroço que fez quebrar o filtro…
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rito
chuva em imperatriz, nevoeiro em bagé não estamos não estamos lá a cidade se soprepõe tanto ao longo dos anos, das fases e das horas do dia que estou sempre levantando escombros escombros doem as costas caem escapo, não sem alvoroço estratégia é também ruído, ainda que estou doente de ar falta de atribuições fluidas…
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eu estou aqui fazendo essa tarefa difícil. ela, em sentido maior, nada tem a ver com você. mas, se alguma vez na vida você tem como ajudar uma pessoa, faça. sei lá, me parece uma práxis digna. se não tem um custo assim tão grande. algumas pessoas a praticam. eu procuro praticar. outros têm praticado,…
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ca
o canário se aproxima não é hora de se subjugar tecer constelagens de pequenas falsas mordagens firula, que nem algoz diria que não diriam que não tantas coisas furtivas vozes que se refraseiam e parafraseiam cristais pardais sem nome pássaros migrantes sem lugar sem hora capaz foste uma vez mudar de capa,…
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é preciso abandonar um universo para ir de encontro às coisas. poderia descrever minuciosamente alguns acasos, ou atravessar em vendavais os maus transeuntes. são públicas, as memórias. estão em desgaste corrente as multidões, que no entanto ganham força. sobrepõem-se continuamente. multidão-livro. multidão-blusa. multidão-multidão e categoria nenhuma. tentativas de apreensão rotineiras são contrapostas a evidências históricas,…
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trajeto
às vezes eu tenho a estranha vontade de dormir num ônibus não que seja confortável não que não haja ruído é o simples gesto de estar em movimento ir de um lugar ao outro como se com isso – transpondo cidades – algo pudesse transmutar constelação vista pela estrada ruído de máquinas, parada assunto de…
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cambridge analytica
quem levanta os montes depois de mortos? quem ergue o eixo que faz respirar? quem derrama suas fezes sobre um povo, corrói seus novelos e ergue um punho sobre nós está ali às cegas tateando infinitos em praça pública mil sóis em utopias e amores esmagados, sem dó DIANTE DO ESCÂNDALO há os galhos que…
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versaletes 12
onde estão os relógios que congelam trajetórias para que se possa criar um morcego debaixo da escada uma escarlatina que não tem fim e volver pois sobretudo amamos focas e podemos fazer refeições abraçadas em sóis complexidades, a pessoa diz posto que tudo perde o gênero a partir de agora e as tentações caminhos se…
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fluxo
onde está uma ventania que se situa exatamente no instante em que a dança começa, uma membrana é posta de lado; cartilagens de baleia formam costelas duras e maleáveis – uma fortaleza que tem meios e barbatanas; pés que correm por entre teias costuradas e que sim! cessam, se fazem percurso no chão; olhos que…