• zelo

    é bom que ele esteja na superfície. faz tocar.

    dongos, bongos, sinos. velhos sinais vultuosos de dormências profundas, de presença ainda que inerte. interage como ausente, ou quase, escuta – não lá.

    toque. vaz, vrum, vibra entre suntuosidades, chupa um grelo, eu sei lá, feliz.

    não pensei, fiz.

    assim se compõem todas as maravilhosidades que nos acometem. acontece. faz. há.

    extremo, voz dormente do sossego, que acorda e flerta com o gozo – alegria suprema, não toca. beira alguma coisa, ri, rotundas suspensas no ar

    beijo uma alcova, atenta,
    abraça meus galhos em total entrega, é bonito demais!

    some. vazia.
    algozes fariam, paratudo

    (diversões esmos festas contínuas compõem arestas, zelos. amigos, flui)

    música é só o que está vivo
    necessita
    pergunta o que faz além de –

    corte
    corre

    é tão paralelo que talvez nem
    compreenda

    ou se ocupe de
    exercer

  • onde está (ii)

    antes de seguir viagem
    eu joguei todos meus mapas fora.

    era uma coleção de mapas
    analógica

    uma pasta se fazia de abrigo
    estático

    de tantas cidades
    movimentadas

    e alguns vilarejos
    em mapas caseiros rabiscados

    (que eu amo)

    mapas de papel
    como aqueles

    que se empunhamos na rua
    no brasil

    nos acusam “turista!”
    e pensam que temos dinheiro

    é mais barato que um celular
    um mapa de papel

    não depende de conexão, internet
    nem energia elétrica

    mas um mapa de papel
    é um emissário de algum tempo que partiu.

    eu guardava mapas
    há uns 10 anos

    de ljubljana, de mauá,
    amsterdam, são paulo

    são paulo nunca cabe inteira nos mapas
    e nem tentam, eles existem pelos bairros

    tão pequenos que não dá pra ler as ruas
    não parecem ser feitos para uso

    mapas de rodovias, eu guardei
    remanescentes

    de um desejo já caduco
    de pilotar estradas

    (a carteira de motorista, depois dos trinta,
    à família que quis me perpetuar criança, até hoje)

    não me lembro se tive de goiânia
    tinha esgotado florianópolis

    mas eu tive uma blusa da ilha do desterro
    quando ainda não conhecia o seu nome

    era pequena, e podia-se apontar um lugar
    na barriga

    eu não gostava
    nunca gostei de brincadeiras de toque

    intrometido
    ainda que jocoso, piada

    é um corpo
    que devaneia sobre cidades

    e sobretudo pensa em percorrê-las a pé
    todos os dias

    enquanto não cabem
    maiores montanhas

    e rodovias.

    gosto de subir aos ares
    ainda que isso custe combustíveis

    mas eu fiz o feito tão pouco
    que não integro estatística alguma.

    uma esporádica prática
    alimentada dia-a-dia

    de estar entre os lugares
    conhecer as conexões

    os caminhos
    o nada entre os pontos

    a ligadura.
    o eixo

    que se espalha
    pelos mapas.

    longe do turismo,
    as bordas

    o encontro
    descoberta.

  • fazer banho de assento
    gozar na água do banho

  • cambridge analytica

    quem levanta os montes depois de mortos? quem ergue o eixo que faz respirar? quem derrama suas fezes sobre um povo, corrói seus novelos e ergue um punho

    sobre
    nós

    está ali às cegas
    tateando infinitos em praça pública
    mil sóis em utopias
    e amores

    esmagados,
    sem dó

    DIANTE DO ESCÂNDALO

    há os galhos
    que se embrenham uns
    aos outros
    e sobem
    encostas

    assuntos sinceros, recebidos em ouriço
    asperezas, recusas

    DIANTE DA ARMADILHA

    ergue o espírito em carne viva
    conta da história de seus avós
    seus pais, seus tios

    NÃO HÁ DE CALAR

    chorou
    no meio
    da praça

    caminhos ouvir carimbó

    no meio
    da praça

    DIANTE DO CAOS

    quisera mais vezes findar
    e recomeçar
    sem sentir perder os
    árbitros solfejos
    não encontra

    o nado alicerce que alhures ali almeja
    um navio
    um chão

    dança
    união

    em que país

    COMPÊNDIO DE IDEIAS E COISAÇÃO
    não rasgo

    hei
    de construir

    memória

  • o acúmulo depois de um tempo pesa

    o acúmulo depois de um tempo pesa
    passa
    atrasa os terrenos

    tempo curtido,
    escasso.

    o acúmulo que tantas
    coisas fiz
    (e de assuntos que não são
    memória)
    a glória
    é construção
    acaso
    limpa que se faz nos braços
    e abraços
    que se preza.

    a calma
    construída
    conhecida

    os lugares mesmos
    meus que não
    permito
    o aflito
    foi abafado em construção

    o ritmo
    das memórias
    das glórias e
    dos bocados bocejos
    cotidianos –
    trabalho

    todos os dias
    no metrô
    os abraços sem abas
    e os atos sem glória
    a história

    a construção do
    ritmo que não
    cabe na memória

    se faz
    nos movimentos
    de um braço queluz

    em cruz

    solfejo,
    tateio,
    alento.

    abre alas
    para um pouso incerto
    (e por isso mesmo,
    esperto)

    compõe bicicleta
    sabe os trejeitos
    da espreita
    e das composições
    das quais só vê
    um
    ou dois
    motivos

    um respiro
    é um começo

  • ramificação

    meu bem conhece fuligens. fuligens de árvores, de folhas e pingüins.

    tem pressa mais que coelho apressado, meio como jabuti. rodeia. rodeia sempre. confunde naturezas. é tão belo.

    será que nos vemos, assim tão velhos, novos em folha, tudo de novo?

    tudo eu não faria, mas faria nada novamente muitas vezes.

    meus erros, tuas histórias.

    falcatruas e teus erros também.

    tantas conversas de banheiro e camas. tantas chaves rodadas. tanta comoção!

    e se eu fosse de novo a todos aqueles lugares bonitos e perguntasse a eles o que pensam de nós?

    são os outros, não sou eu. inimigo.

    viagens sozinha. gosto tanto de dançar.

    assim: pode dançar comigo?

  • brincadeira de criança, para além-horizonte

    experimento em narrativas midiáticas, dois mil e seis, niterói

    um risco no vazio, será possível? o fósforo acendeu, no meio do nada, não fui eu quem quis assim. simplesmente aconteceu.

    e agora todas as nossas vidas passadas, enroladas em banho-maria, deveriam envolver-se também? exatamente como fomos todos sucumbidos pela força gasta nos dias de trabalho ininterrupto. meus tempos nunca são os mesmos que os teus, ou penso eu ser dotada da infelicidade de experimentar tudo ao contrário: primeiro o fim, as brigas e os tormentos.

    um beijo na tua testa, para pedir perdão e lembrar de carinho, também. e depois uma lambida nas costas, que nem só de afagos digitais nós vivemos, um dia quando acontecer.

    minhas ilhas sonhadas, sem arquitetura de shopping ou qualquer ordem, havia senso de competição nisso tudo, constava nos planos? o propósito de sempre se divertir mesmo se tudo desse errado ficou, mas só ele, sem querer alcançar alguma coisa, não dá conta.

    se você vai mudar de vida ou se eu vou tomar jeito e ir trabalhar, só saberemos com o passar dos bocados. até lá, quando me faltarem palavras é porque algo de bonito eu omiti por não me permitir os excessos…

    em um desses dias de ano novo eu devo ter feito um pedido, assim, de brincadeira (pois não sei se acredito em nenhuma dessas coisas), o de viver algo que não pudesse imaginar. porque penso que se já fui capaz de imaginar os mínimos detalhes de várias histórias, já proibi todas estas de existirem de verdade. minha imaginação nunca corresponde ao que verdadeiramente acontece, ou é a memória que não é capaz de dar conta de verificar. mas, conferindo qualquer uma das duas hipóteses, o que acontece de real sempre vai além. talvez seja esta a característica mais excitante de todas as histórias, caso não seja a minha imaginação por demais desprovida de criatividade.

    talvez eu tenha deixado as brincadeiras-de-videogame (as quais pra mim sempre foram equivalentes a brincar de imaginação) jogadas em algum canto empoeirado da minha infância, e por isso, todas as histórias criadas em papel palpável, mortas.

    se acreditasse nas minhas próprias, as reais e as imaginárias, possivelmente poderia também acreditar que um dia nossos avós morrem, e não só os avós, que uma amiga vira aeromoça e o outro vai morar na islândia. que nem só de sonhos são feitos os dias, mas que eles existem de fato essencialmente para esboçar o futuro. se não cometem a proeza de acertar nos detalhes, podem ser ainda e sempre ricos em firulas, cartões postais enviados dos lugares mais distantes e das situações mais dignas de desenhos animados.

    eu, no meio de uma praia deserta, gritando “adeus!” a um navio que parte. eu, correndo numa praia deserta, dormindo numa praia deserta, bebendo água de coco o dia todo. eu, surfista… quanto tempo preciso para lembrar que quero ir à praia? ficaram presos nos desenhos animados? (os sonhos? as praias desertas?)

    eu, piloto de avião, desenhando num céu azul, caracóis. eu, subindo os alpes suíços, dando uma palestra a estrangeiros. eu, posando para uma capa de revista, dando entrevista sobre a minha banda de sucesso! nem só charlie brown pode possuir uma banda. aliás, charlie brown…

    muita lenha queimada nos dias da minha infância, uma quase infância-wannabe, depois destes tempos de vida em apartamentos e o fim dos sítios-refúgio. banho de rio sempre foi uma referência, mas competitividade não. me ensinaram a ser feliz, mas o caminho seria algo a descobrir sozinha.

    o cheiro de lenha me acompanha até hoje, está no lugar-home do conforto assim como o céu estrelado. depois, os telefonemas de voz sobre ip ninguém poderia ousar prever, talvez nem uma questão de achar extraordinária a situação, mas… nem só de distância vivo, ainda mais aquela construída.

    olhares oblíquos para além-horizonte! peixes nadando em voltas, fazendo espuma e sons bonitos na água. eu, sentada na areia, fitando a lua nascente.

  • foguetinho

    um caminho abestado
    besta tem vez
    sabe embolado sufoco marcado
    besta tem

    invenção suplínio
    cabestadura e não sabe
    arrefecer do sossego
    desinventar o ódio
    embasbacar a zebra

    sabe enrolar uns novelos nocê
    sabe, sabe curtido
    imensidão de três ladinhos
    cascalho quando mente
    pede novela

    caboclo quando conta história
    inverte tudo ao contrário
    sabe novena
    (sabe nada)
    sabe mistério

    desembolar o asfalto
    AÍ SIM
    pede três foguinhos
    eles vêm embalados em
    papel de seda, pomposos
    consomem três florzinhas
    de zebra, três caramelos
    azulados, foguetinho

    ele já se perdeu
    não sabe o caminho do rabo
    a casa investe em montantes
    duradouros, ele sabe
    quisera eu

  • inês nin ~ ESPAÇO AVI
    15 a 25.08.2016
    Brasília/DF

    °

    para uma residência, pede-se comumente portfolio de artista e/ou uma proposta de trabalho a ser desenvolvida

    deste momento entretempos, em que me equilibro e nos equilibramos adentrando tantas catástrofes, maravilhas e cotidianos sortidos, a práxis nós inventamos, e sobre isso

    tenho trabalhado o improviso,

    imergindo em atividades que envolvem esse reagir rapidamente a uma interferência, a uma situação, investigando modos de sair dela ou contornar seus movimentos, dançar conforme os ventos

    um estudo de ações que só acontecem no tempo/espaço real do agora, repentino mas também repleto de respiros e observâncias

    corpo alerta; relaxado e alerta

    :

    em curva, anotações e leituras, perambulações sonâmbulas por entre os espaços, gravações de gestos, posturas e meditações em vídeo, rascunhos, escritos, recortes

    (quem sabe chame-se uma metodologia)

    de abalos sísmicos e refúgios, me concentro muito no lugar interno como modo de reorganização. dentro de mim bosques, florestas, praias vazias, montanhas. arriscar o prumo –

    uma bússola

    no metrô: rodopia, louca (leio como transtornada pela velocidade)

    no avião: ?

    (testaremos uma bússola a bordo da aeronave)

    >

    admiro voar, gosto de alturas e até pilotaria aviões. contudo, estou pouco habituada. meus modos de locomoção na vida, praticados com frequência, em geral se baseiam nos pés, na força propulsora do corpo. caminhadas, pedaladas, danças, pulos, corridas. sobre rodas, além dos pedais, muitas vezes ônibus, poucas vezes carro, raras vezes motocicleta. voo, sim, desde criança, quando me contam que na primeira vez, em vez de fitar as nuvens e olhar pela janela, eu preferia me concentrar em comer iogurte.

    encontrar nuvens numa estrada, trilha ou escalando uma montanha: me instiga e embeleza os instintos.

    subir

    eis aqui um monte de textos escritos sobre isso, vontades, desejos, propulsões e movimentos na medida em que conseguimos alcançar

    (alguns requerem anos de treino)

    assim como fugas, levamos uma vida a contornar e descobrir saídas, modos de sublevar ou rachar os modos correntes

    – movimentos muitas vezes abruptos, como fechar um apartamento em menos de uma semana –

    que acabam por decorrer em meses um pouco embolados, malas que se dividem entre cidades, transições pouco previstas, mas eis que

    de novo uma casa, mudança operada quase sem perceber, recebida com gratidão profunda e sim,

    uma varanda! aqui temos céu e plantas!

    >> >

    seguir viagem, depois de um respiro e umas tantas reviravoltas, ocorre como o suprassumo destilado de uma decisão,

    revista e reverberada em solitudes, idas e vindas, intenções

    (revista a intenção e ajustado o eixo que vem-e-vai para uma posição mais confortável)

    a temperança acaba de me ocorrer como carta no tarô em forma de livro que jodorowsky delegou a minhas amigas, e que tenho usado como oráculo

    o número de 9 dias que escolho para essa estada se refere ao que o momento oportuno (kairós) pode me oferecer no momento e o aceito de bom grado, buscando um equilíbrio entre os caminhos

    é também o número do eremita, carta que me saiu logo antes nesta forma livro que consulto. provável que por um hábito que vem de leituras do i ching, oráculo de origem chinesa em que se usa moedas ou dados para se chegar a uma soma de traços (um hexagrama composto de dois trigramas) e então ler sobre ele em um livro, com recados que se deitam sobre linhas contínuas ou partidas

    investigo oráculos e me instiga profundamente o fato de sentidos e significados tão profundos (e narrativos, em sua interpretação) serem acessados pelo método do acaso. creio, talvez só um meio de acessar uma sabedoria, conscientizando-nos que o que sentimos e pensamos também influi nos resultados, e ainda nos fatos.

    °
    pisarei pela primeira vez na região centro-oeste do brasil na próxima manhã, dia 15 de agosto de 2016, menos de um ciclo lunar decorrido desde o último dia fora do tempo (25 de julho), em que se inicia uma nova onda encantada segundo o sincronário maya

    a lua se encontra em fase crescente, para a qual aprendi um novo rito de prosperidade que envolve fogueiras (e podem ser feitas a cada lunação).

    celebraremos os 32 invernos decorridos desde que abri a boca neste mundo no meio do percurso, à lua cheia

    e por fim, à lua minguante, seguirei viagem de novo ao rio de janeiro antes de voltar para casa.

    durante esses 9 ou 10 dias de residência (considerando-se que chego na manhã do dia 15 e parto na manhã do dia 25) penso em ter uns poucos prospectos (para além dos improvisos e trabalho cotidiano)

    sabemos que

    : encontrarei outra residente entre os dias 19 e 21 de agosto

    : pretendemos ir a alto paraíso, quem sabe acampar

    : tive ou acredito ter tido pouco contato com a vegetação típica da região do planalto central, apesar de o cerrado também ser identificado com o estado de são paulo, muito desmatado, onde vivo. e portanto pretendo observá-la, se possível mergulhar nela, como costumo fazer em florestas (há muitos modos para isso)

    : o quintal é propício para fogueiras e também projeções 🙂

    : trabalhamos com o vídeo (a ser revigorado ou re-desbravado em processos de edição em software livre), com a fotografia sobretudo analógica, com as danças, com o silêncio e a escuta, com uns poucos ruídos, com rabiscos e a famigerada escrita

    : estarei em pesquisa de movimentos corporais no lugar

    : terei que dar conta de um certo cotidiano no sentido mais prático de afazeres remunerados, e que deverá ser muito bem ordenado de modo a conviver com as práticas de alegria e criativas em geral (o que de algum modo todas são)

    : a bússola principal será a temperança, com o respiro como seu aliado

    : ocorre, portanto, algum exercício de cálculos, a ser combinado com o improviso (descoberturas e cessões)

    : haverá um aniversário e uma exposição de yasmin no mesmo dia (todos os bons presságios)

    : prevê-se ou seria interessante ou importante organizar uma abertura de processo com convidados no espaço. sugeri o dia 23, mas como os próprios processos ainda se fazem, e as datas se ajustam em certa medida interna, decidiremos quanto a isso conjuntamente;

    : estou animada!

    os estudos recentes apontam para quaisquer práticas ou referências que envolvam ESPIRAIS, dentre os quais têm sido vividas/observadas

    – as espirais no corpo, enquanto torção em movimentos levíssimos e gentis na arte marcial kinomichi;

    – estar dentro de uma espiral e se orientar nela, atravessando com maestria e entre muitas pessoas, como no treinamento de dança passing through (atravessar);

    – espirais na natureza, como parte da observada geometria sagrada, que se repete em redemoinhos, tornados, na pia, na privada, nos oceanos, nas plantas quando brotam e em nós, bichos;

    – sentidos figurados empregados na fala e na prosa, quando se fala em espirais e o que denotam.

    *

    RESILIÊNCIA é outro termo-chave, que pontua fortemente a pesquisa ‘corpo, ambiente e resiliência’ que desenvolvo desde 2014-15, e vai de encontro com espirais (como formas de atravessar e lidar com, mas também de encontro consigo e versatilidade no lidar com as diferentes situações que nos deparamos)

    é premente o estado climático em que se encontra o planeta, fato conhecido, e no nosso entorno observamos inversões climáticas, secas e outros problemas graves que decorrem de práticas predatórias com a terra e devastação de florestas

    da região do planalto central, onde se encontra brasília, noticia-se as frequentes queimadas espontâneas devido à temperatura, o clima seco e as práticas anteriormente mencionadas (que se apresentam em diferentes medidas e desmedidas)

    braslília também é local onde se centralizam os acessos à região amazônica, importantes discussões que envolvem índios de diferentes etnias, indigenistas, pesquisadores e articuladores ambientais de modo a lidar com esses problemas

    encontrar esse lugar construído há poucas décadas e que foi, transversalmente, tornado capital do país, será importante para compreender localmente, com os pés e corpo presente e de maneira ou de outra e certamente muito particular, como operam as instâncias ali localizadas e também os corpos, considerando-se arquietura e questões de deslocamento

    estar na cidade porém em meio rural (no córrego do urubu), acredito ser a melhor maneira de experimentar esse espaço compartimentado que são as cidades, que dirá as modernas, e que ainda comporta cachoeiras

    de céu e cachoeiras avistamos danças (alegria)

    e em danças, certamente significa qualquer atividade situada na região que se conecte com o corpo (exceto as academias, corporativas), nas quais se sobressaem as acrobacias e aquelas que misturam corpo e ambiente, ou são feitas ao ar livre

    (avistei algo de acrobacias e bambus, não encontro agora)

    (no mais, quanto mais arriscamos, melhor. é tempo de atravessar e também conter velocidades. por isso planos serão mínimos; somente apresento observações e orientações para o percurso)

    (me calo, irei observar os melhores modos de andar)

    com alegria,
    e até jajá,
    >>

    inês.