Categoria: respiro

  • cambridge analytica

    quem levanta os montes depois de mortos? quem ergue o eixo que faz respirar? quem derrama suas fezes sobre um povo, corrói seus novelos e ergue um punho sobre nós está ali às cegas tateando infinitos em praça pública mil sóis em utopias e amores esmagados, sem dó DIANTE DO ESCÂNDALO há os galhos que…

  • situ

    o corpo renova o gesto absorve somente entra o que brota entre as vestes abismos mais não agora, chão coisalinda absorto, pois em toda sorte de assuntos novos, de la casita de la vida nova que se instaura cá comigo das idas à universidade às atividades de escriba viagens celestes transformam manhãs com e sem…

  • a (campo de ação)

    quando cessam os estudos festivos começa a memória e a invenção astuta perscruta pela ciência a anticiência os jardins e as matas densas antígona imaginária tênue em museus de dinossauros e fósseis plantas, arbóreos, gramíneas e monumentais sábias matizes que abrem um tanto mais em ações afirmativas outros chãos às memórias de que eles bebem…

  • sumo (reunir: anzóis)

    a velocidade dos acontecimentos; puro rasgo solto feito no ar. nosso sol dia-a-dia faz bolhas, brilhabrilha, e eu pergunto aos sóis onde é que se voam. seja dita a memória desses transeuntes: desembestaram na estrada, ao léo, inversamente proporcionais às mágoas acumulariam sem mordedura, nem abraços pontuais, de segurar o chão. a lama não escorre,…

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      reinventar do início, reescrever outros modos. isso e mais. investigadora crônica, compositora de enigmas, astronomias terráqueas, fogo que se faz. escrita de fortuitos acasos, devaneante-mor, viagens de força-propensão, verborragias sazonais, ama silêncio, ama vento e agrião, agridoces, sais, aprende com o mar e com as imensidões. vem dos rios e das montanhas pedregosas, úmidas…

  • fluxo

    onde está uma ventania que se situa exatamente no instante em que a dança começa, uma membrana é posta de lado; cartilagens de baleia formam costelas duras e maleáveis – uma fortaleza que tem meios e barbatanas; pés que correm por entre teias costuradas e que sim! cessam, se fazem percurso no chão; olhos que…

  • ras go na parede / ras par o chão

    há o viver espalhado nos cantos. composto de ataduras e nozes, que se emaranham em galhos, pois dedos; abraços. compor o que se expôs de vez. não tem mais volta. artemanhas, manhaduras, sobremanhãs sem hora e sem sossego, semdormir: aqui chove, enfim. antebraços, solfejos, cachoeiradura, caminho de horta. cidade gigante, sem vez. ano de finais…

  • água

    a insistência no exílio como matéria infértil (não se exila no concreto; somente nas montanhas ou à beira do mar) porosidade

  • horizonte

    ativar o corpo para remexer o que tanto paralisa. reorganização de práticas, adquirir novas trilhas e novos sustentos, é o que chamo de enviesar. olhar doutros modos, refazer maneiras, procurar. o que pulveriza por aí que vem em textos acordes almeja uma montanha, um monte, um percurso. é por ora um sopro, às vezes no…