à bicha amadaos louros as vozes cotovelosasneiras cabíveis lastros forças motrizeslentidão à bicha amadaum corpo dourado à espreita(não era isso)um rosto abrigo beijinho chamegoé o nome que se dá para cuddlingna língua dos nossos parentes de terrade chão inventivo que só fazàs gazes algozes cantinhos feridasassim de bairros distantes estrada aquibem perto aquiontem quem diz mês passadoagora, ver um rodopio sagazuma manobra contundenteuma reviravoltaum sopro esguio ventania brisa teu nomechiados encontros gêneros quem?pilhas de soterradas criaturasque procuramuma por vez livros infantis fivelas firulasabraçossobretudo abraçosde invernos inventados halloweenà distância músicaé um assobio estrondoso calma te beijo
rito
chuva em imperatriz, nevoeiro em bagé não estamos não estamos lá a cidade se soprepõe tanto ao longo dos anos, das fases e das horas do dia que estou sempre levantando escombros escombros doem as costas caem escapo, não sem alvoroço estratégia é também ruído, ainda que estou doente de ar falta de atribuições fluidas atribulações voluntárias carinho que dá meia volta na rua desaquece, procura vastidão de medos e o que faço a esta hora de novo em cima do chão, em cima das pedras, sobre o móvel da cama, quebrado que hospedou as vozes e depois limpar os …
trajeto
às vezes eu tenho a estranha vontade de dormir num ônibus não que seja confortável não que não haja ruído é o simples gesto de estar em movimento ir de um lugar ao outro como se com isso – transpondo cidades – algo pudesse transmutar constelação vista pela estrada ruído de máquinas, parada assunto de duas cadeiras à frente música não gosto, me vejo procurando caronas mas quando dizem que – vamos conversar agradeço meu direito de permanecer calada embarco num ônibus, adormeço entrecostada sonhando abruptamente com locais um pouco menos vagos situações menos gastas encontros calorosos e afáveis conforto …
de mão / corpo / água
pensar meu nome escrito em ar condicionado terno emplumado, enxuto, asseado sapatos de verniz ou botas paetês (a um pertencimento) azul verde prateado mata úmida bem chegada és tu mais uma vez sem porquê de corpo devaneado mal inventado a saber se encontra patrocínio age à mentira relatada (sem café) (com água) pero sem aquela poça alagada dos dias chorados a conta vencida ansiedade concreto é ver alguns absurdos darem certo em brilho vermelho lá fora uns amigos reunidos em volta em torno de fogueira constelação aquilo que age sem aqueles mesmos vícios donde se ouve ecos sinos conjunção a …
cambridge analytica
quem levanta os montes depois de mortos? quem ergue o eixo que faz respirar? quem derrama suas fezes sobre um povo, corrói seus novelos e ergue um punho sobre nós está ali às cegas tateando infinitos em praça pública mil sóis em utopias e amores esmagados, sem dó DIANTE DO ESCÂNDALO há os galhos que se embrenham uns aos outros e sobem encostas assuntos sinceros, recebidos em ouriço asperezas, recusas DIANTE DA ARMADILHA ergue o espírito em carne viva conta da história de seus avós seus pais, seus tios NÃO HÁ DE CALAR chorou no meio da praça caminhos ouvir …