marte em câncer

mesmo com tantas imagens férteis

ainda que solitárias

se fechar é a única coisa que resta

a quem estátua está

encolho, maledicente, movediço

fora do alcance

que só se dá a dizer

quando vem reclamar

indivíduo

uno

guarda briga

< uma cachoeira se ergue aos meus olhos está ali não é para mim tampouco a comunidade: sou um fantasma >

um monstro que repara a dívida

enquanto faz caminhar os prantos

não sou alma que recolhe

não sou arbusto

sou caramelo informe

alma que celeste

chão duro

voltagem

entrelaçante, amante, lívido

tuas costas não sabem o preço dos meus anzóis

também pudera, nunca quiseste caminhar junto

faltava desejo

a mim sobrou vontade de novelo

de festejo, mereço

necessidade pulsante sortida

perdida a disputa

desalinho