as celebrações que relegas ao outono
ao inverno
às hortas vorazes criaturas antigas
do condomínio
do chão
cultivo de meias-portas
altivos, saltitantes
embriagados envoltos em colagens
turvas, imensidões
povoamentos silvestres
familiares mezaninos
cabides, abraços
aqueles meninos já grandes
as suas voltas
e botas, e cabelos encaracolados
já não colhem tão sossegos como
ouvi, uma vez, estive lá
ficção
viagem fantástica conto de pandemia
brechas
saudosas
já não sei se
há caminho
se quero inventar
buracos
no chão
que não há
entretanto está
aqui, diante de mim
fundamento, ligadura:
um espectro