Categoria: versaletes aos abraços e encontros fortuitos

  • consternação, por suposto verso (verão

    mal arrumada a festinha. foi coisa traiçoeira de acaso, de vontade difusa, resultado decorrente de planos/desplanos. curto ajudar a amiga, ouvir a amiga mais nova falar bonitezas de suas descobertas, de história de vida, cooptar pensamentos. acho difícil compreender dependências, cobranças e inclinações para coisas que deviam ficar bem atrás. sou franca, em termos secretos,…

  • conto coletivo (na lapalumiar, amigos)

    até hoje, enquanto estive lá fora as era tão estranho que não ousaram pronunciar e do ponto 0 talvez seja possível chegar à ebulição que era da mesma maneira que tudo se refletia ali o casal causou na praça num espetáculo utópico de satisfação e deleite, quando num susto… um, dois, às vezes três… tudo…

  • expedito

    considera-se uma obra póstuma  pontapé para o infinito, luminescência. construção de mercado velho feito afoita velha vontade, eu começo, eu ando em intenção e invento circunferências. já estão ditas, já estão escritas com todas as palavras do vocabulário corrente, em línguas misturadas que se apropriam umas às outras, como indeléveis imagens. um começo é uma…

  • assunto

    i change my mind while i speak. sussurro na sua orelha, em pé na rua, laçados. quase-performance no meio da praça largo do machado, em frente ao metrô. é amor, i say, é tesão, você pensa. quadrados conformes, acordos esquisitos mas memoráveis; no que nos diz respeito é tudo memorável. aqui, não ali. minha memória…

  • versão dos presentes

    é preciso uma calma. te entendo. e como dizer que, isso, agora? é. é bonito, também. apaguei na rede da sala, hoje à noite, cansada. que domingo.. me parece que a resposta, o breve vacilo, o medo/desejo surge com mais força quando chega a resposta do outro. que já era resposta antes, é um belo…

  • supremo

    está passando a idade. ele disse. vc ainda é jovem. ele disse. você tem traumas que não me concernem, ele disse, mas você tem que tentar. curar essa dormência que te enerva, que te torna objeto, bicho, criança que chora em público. ele falou que você dorme com estrelas, mas que também precisa de contagens.…

  • minúcias

    mistérios curados a pinça, com cuidados mil, despedaçados em lágrimas contra a parede em um balneário distante. gostaria de te beijar, gostaria de te contar estórias sobre pessoas felizes que deram certo, sobre brincadeiras: sonhos de adulto. ambas parecemos crianças, e a busca das coisas que se quer mas não se sabe ao certo. viver…

  • porquê

    o que se faz das estruturas assim: existem pelo menos duas formas de planejar a vida. uma é a famosa, a canônica, a da tradição: escolhe (tu) uma profissão. escolhe (tu) alguém pra dividir a vida. escolhe (tu) os teus hábitos, e fica com eles. escolhe uma vez e segue até o fim, para um…

  • ramificação

    meu bem conhece fuligens. fuligens de árvores, de folhas e pingüins. tem pressa mais que coelho apressado, meio como jabuti. rodeia. rodeia sempre. confunde naturezas. é tão belo. será que nos vemos, assim tão velhos, novos em folha, tudo de novo? tudo eu não faria, mas faria nada novamente muitas vezes. meus erros, tuas histórias.…