Categoria: brilho

  • um autômato é o limite da matéria

    um autômato é o limite da matéria. coleta palavras como um gafanhoto nefasto. não as digere. não cria coisa alguma. ele mistura — e nesse sentido, um intelecto animal é capaz de misturar também, com sua sagacidade de contexto e um processo de digestão riquíssimo em olhadelas, vastas borboletas e mudanças. não somos autômatos, senhor.…

  • o que é que quebra e sai correndo queria viver por dentro das coisas sem ter que almejar torrentes nada justiça pelego divulgação supremacia emprego, asfalto divulgação essa coisa vã que consome todos os poemas todos os dias da vida já quis morrer inúmeras vezes porque todos os dias têm de ser pagos e o…

  • enquanto aguardamos a tempestade, um avião cai. nesta semana soube de tantos mortos, afetos de amigos, amigos, afetos, atropelo, atravessamento, suicídio, morte súbita. não tenho todos os nomes, nem todas as informações precisas como se pediria saber, não quero falar sobre morte. estão aí. os acontecimentos.

  • nos confinaram num planeta incerto gozar pelos caminhos

  • cronos

    agora os dias se estendem por além das barreiras. sobrepõem-se as datas, precisam existir custe o que for. hoje é quatorze de fevereiro, estou em niterói e não tá fazendo sentido tem meses, estou vivo e a questão do sentido se perde tem anos. vou escrever. não mais deixar em branco. uma foto de perfil:…

  • – a partir daqui nós vamos. a partir daqui não vamos titubear. – courage era sobre dúvida, sobre hesitar depois ir, sobre inventar caminhos, se meter no não visto das coisas, encontrar uma ferramenta mágica que te fortalece, pular, se jogar, ir. courage (azul): naipe de paus, fogo, coragem. vestir carapuça, semmedo. mais que isso:…

  • fazer banho de assento gozar na água do banho

  • ia

    org órgão organiza orgia ia

  • &

    do silêncio que sumi sumi e parti e desabei e chorei cacos e caos terrível lembrança do que fomos do que vivi e se há tanto se recomeço é dois mil e vinte e três noventa e sete rasgos contados estradas que desejo e são meu corpo imenso povoado se perde quando retesado   parado…