quem levanta os montes depois de mortos? quem ergue o eixo que faz respirar? quem derrama suas fezes sobre um povo, corrói seus novelos e ergue um punho
sobre
nós
está ali às cegas
tateando infinitos em praça pública
mil sóis em utopias
e amores
esmagados,
sem dó
DIANTE DO ESCÂNDALO
há os galhos
que se embrenham uns
aos outros
e sobem
encostas
assuntos sinceros, recebidos em ouriço
asperezas, recusas
DIANTE DA ARMADILHA
ergue o espírito em carne viva
conta da história de seus avós
seus pais, seus tios
NÃO HÁ DE CALAR
chorou
no meio
da praça
caminhos ouvir carimbó
no meio
da praça
DIANTE DO CAOS
quisera mais vezes findar
e recomeçar
sem sentir perder os
árbitros solfejos
não encontra
o nado alicerce que alhures ali almeja
um navio
um chão
dança
união
em que país
COMPÊNDIO DE IDEIAS E COISAÇÃO
não rasgo
hei
de construir
memória