assunto

i change my mind while i speak. sussurro na sua orelha, em pé na rua, laçados. quase-performance no meio da praça largo do machado, em frente ao metrô. é amor, i say, é tesão, você pensa. quadrados conformes, acordos esquisitos mas memoráveis; no que nos diz respeito é tudo memorável. aqui, não ali. minha memória é o mundo, está no mundo, internet, tudo isso. deleto para mais não ver, a web é pura visibilidade, vigilância. penso que eu seria mais calma se me concentrasse nos livros e não nas telas de computador.

memória plena, vontade. uma tarde inteira, uma vida inteira, eu faria. faria mesmo? sei de vontades, sei de memórias inventadas, constelações, vícios e abraços. intensidades eu tenho vontade de guardar todas para que se multipliquem, mas elas preferem o mundo.. talvez um dia tenha sucesso na coexistência entre mundo e o mundo, mundo e intensidades, mundo e desejos. fluxos que se percebem e não têm medo. alguma ordem no que não se nomeia, um a de aceleração. catálise.

alheamento é para não confundir, para costurar desejos. embate em conversa, guerra de almofadas, guerra. conhecer em excesso é participar da vida? não se sabe; participar pelos outros implica em conhecimento. ou é uma definição. me especializo em “it’s complicated”, não em definições. ao menos existe o lado divertido da vida, esse que faz voar em pequenos bocados e carrega consigo um resto do todo. não completa, mas percebe e se põe em contágio continuamente. esponja. mundo-esponja é cada um que se abre.

meu corpo é uma interface ou o conceito é mais amplo? mais estrito? devolvo a pergunta, reverberada. e com quê de mistura, química; é assim por agora. dissolução.

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alhear

v.t. (1) tornar alheio; alienar, privar de. (2) fig. alucinar, desvairar, enlouquecer: alhear as mentes fracas. (3) v.pr. tornar-se alheio; evitar intencionalmente tomar conhecimento de algo. (4) arrebatar-se, extasiar-se.