curvas

conjurar sistemas em meio às turvas águas de verão. chuva de verão é tão bonito. faz seis meses que habito a cidade dos carros. me vejo atravessando viadutos gigantescos a cada dia, pensando em como construir mini cisternas em apartamentos, admirando casinhas num bairro bem perto daqui, de um mirante que traça a rota da horta comunitária descendo escadas preenchidas por graffitis coloridos. não é só cinza a cidade dos carros. o caso é que me parece que tudo aqui se intensificou, e há mais tempo: há poucas brechas, nesse trajeto tão corrido, para refletir sobre os porquês dos sistemas …

coisa

um contador de miniaturas. para poder antever tudo o que se dará, daqui pra frente, nunca atrás. contável porque coisadura, mercado, minérios, vastidão de mundos domesticada numa única pílula tátil, apartamento. adentrei o prédio, era possível; o possível que conseguia visualizar diante de tantos desejos de nomadismo e floresta, de construção, viagens. não havia permanência em viagens, nem sustento, somente vontades: braço que não alcança as frutas nos galhos superiores. necessária suspensão das correntes, ainda que (tanto), furtivos invernos, forjados em verões que voltarão, um dia. construção. intento de construir uns grandes monumentos, começando por pouco, um espaço, um fluxo …