escuta

entre outubro e dezembro de 2014 organizamos eu, maya dikstein e clara lópez menéndez, encontros que denominamos ESCUTA, que aconteceram no espaço da residência artística casa juisi / phosphorus, da qual a maya estava participando. maya e eu já havíamos escrito projeto juntas, e trocado experiências sobre nossos processos, enquanto que clara, curadora espanhola radicada em nova york, também estava fazendo residência artística em são paulo na mesma época. a ideia de se encontrar para ouvir, e não para ver algo, muito me seduziu, e faz todo sentido em um momento em que, por diversos fatores, venho me debruçando sobre …

espaços de silêncio

em 2007, nos juntamos eu, dally schwarz e laura geyer com ideias de produzir uma peça sonora para pensar o silêncio. exercícios de audição e observação já vinham sido feitos, com apoio de autores como r. murray schafer, para refletir sobre as paisagens sonoras das cidades. segue o texto de apresentação e, em seguida, o áudio: espaços de silêncio ao propor um estudo do som a partir do silêncio, um dos elementos constituintes da linguagem da mídia sonora, nos aproximamos do conceito de paisagem sonora, estabelecido por r. murray schafer no livro a afinação do mundo. procuramos observar os silêncios …

inquietude

– a gente tem essa necessidade de espaços vazios. dentro de casa, menos móveis, menos informação. provável que seja consequência dessa vida urbana, superlotada. de gente, publicidade, fumaça, carros ou coisas. prédios. informação mesmo. maravilha é quando alguém encontra espaço vazio todo para si. abraçar o universo. na praia, vendo só o céu, areia e mar. 360 graus, a linha do horizonte. – e se morasse no mato, seria diferente? – talvez. se tudo fosse preenchido de silêncio e calmaria, ou quase tudo, não acho improvável que algum ruído se fizesse necessário, nem que fosse pra desestabilizar. os excessos paralisam, …

sinusite

silêncio e mídias sociais como começa o nosso silêncio. leio mais uns textos da luisa nóbrega que fala de wittgenstein e audição e surdez e fala. nunca li wittgenstein, não ainda, mas isso não importa. o que me impressiona é algo que se conecta com um instinto que não sei verbalizar – ou às vezes sei, não de forma objetiva. existem quaisquer coisas que não se encaixam no objetivo. experiência de outra ordem; procura; mundo vasto; subversão. uns chamam de acaso e outros dizem que ele não existe, e nem é isso. às vezes se vê. uma pista: olha, isso …