asfalto dança, revolvido e celeste

  do que seremos capazes. quando estivermos em residência. quando estivermos juntos. quando soubermos desatar os laços e não nos deixar contaminar pelas ruas. pelo ruído que envolve. encruzilhadas de encontros e um tanto de terra descascada, casa — muitos moraram aqui. nós estamos. um curto período de tempo, esses dias: vejo transição. para mim transição, enfim transição, de polir arestas transição. transitoriedade. estamos. rio de janeiro se impõe transitório, quando cutuca suas terras abaixo, tantas camadas. seria não só o pó que entra pelas janelas ou o ruído alto de máquinas, às vezes acontece, como o samba. mas ele …

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inquietude

– a gente tem essa necessidade de espaços vazios. dentro de casa, menos móveis, menos informação. provável que seja consequência dessa vida urbana, superlotada. de gente, publicidade, fumaça, carros ou coisas. prédios. informação mesmo. maravilha é quando alguém encontra espaço vazio todo para si. abraçar o universo. na praia, vendo só o céu, areia e mar. 360 graus, a linha do horizonte. – e se morasse no mato, seria diferente? – talvez. se tudo fosse preenchido de silêncio e calmaria, ou quase tudo, não acho improvável que algum ruído se fizesse necessário, nem que fosse pra desestabilizar. os excessos paralisam, …