coisa

um contador de miniaturas. para poder antever tudo o que se dará, daqui pra frente, nunca atrás. contável porque coisadura, mercado, minérios, vastidão de mundos domesticada numa única pílula tátil, apartamento. adentrei o prédio, era possível; o possível que conseguia visualizar diante de tantos desejos de nomadismo e floresta, de construção, viagens. não havia permanência em viagens, nem sustento, somente vontades: braço que não alcança as frutas nos galhos superiores. necessária suspensão das correntes, ainda que (tanto), furtivos invernos, forjados em verões que voltarão, um dia. construção. intento de construir uns grandes monumentos, começando por pouco, um espaço, um fluxo …

entulho naborda do mar

função: dessalientar. (constroem engenhocas tão loucas tapumes invenção esses que vivem tão próximos do asfalto– azuis, eles vivem, contudo) // “é preciso chamar as bruxas para estragar o conto de fadas”, dizia o bruno cava sobre a inauguração do MAR, aquele museu mumificado que se posta ao lado do atual “buracão da praça mauá”, futura via subterrânea que estupra o centro histórico do rio de janeiro. em tudo agressivo, inclusive na sua alvidez (é alvo, é ávido) que, tentando ser moderno, quer misturar prédio histórico com nuvenzinha e vidros, programação visual e desejos nefastos de apagar seu entorno.. o programa …