sobre métodos

essa poesia de malas pesadas, de coisadura e já sabe que não espera e faz º azuis ainda carrega uma relação com o mundo real, objetivo e nada discreto: o furtivo implementado, a obrigação do caráter, o assumir os caracteres próprios das coisas. mostrar-se ou não deveria ser algo facultativo. cadastros em geral. fluxos e caminhos desviantes, um direito em si, embora a própria noção de direito esteja calcada em uma certa ordem das coisas. uma problemática talvez é que o discurso de crítica se faz ainda dentro das coisas, se insere no sistema para a partir dele propor outros …

primeiras impressões

o rg do seu primeiro filho, registro infame da noosfera. números de série, registros, pegadas, rastreamento. a indistinção. nas ruas, todos os dias. desenhos feitos em marca d’água, aquarela-água, azuis. são dez dedos nas mãos, que deixam suas digitais sobre a folha de papel. cada folha é marcada por um dedo, em ordem – como quando fazemos registro civil. // x artista quer falar do comum, do ordinário, mas acaba vendendo a sua identidade. autor se sobrepõe à obra; autor com uma única obra; identidade produtora de imagens. produção, linha de fábrica. série. coleção. mímica, miniatura, versões. desdobramentos. conclusões. percursos, …

avenida passos em duas situações

em locais públicos onde há grande circulação de pessoas em dias de semana, colocamos uma lona (de tecido) no chão sobre uma “lona” preta. tinta azul solúvel em água é colocada sobre uma bandeja com espuma, de modo que funcione de carimbo. transeuntes são convidados a molhar sutilmente a sola dos sapatos na tinta e caminhar pela tela, pela lona, pelo chão. em sucessivas ações, o azul surge em locais distintos, enquanto as lonas adquirem novas camadas. 1º local: largo da carioca, rio de janeiro, próximo à avenida passos (referente ao famigerado prefeito pereira passos, responsável por uma onda de …

entulho naborda do mar

função: dessalientar. (constroem engenhocas tão loucas tapumes invenção esses que vivem tão próximos do asfalto– azuis, eles vivem, contudo) // “é preciso chamar as bruxas para estragar o conto de fadas”, dizia o bruno cava sobre a inauguração do MAR, aquele museu mumificado que se posta ao lado do atual “buracão da praça mauá”, futura via subterrânea que estupra o centro histórico do rio de janeiro. em tudo agressivo, inclusive na sua alvidez (é alvo, é ávido) que, tentando ser moderno, quer misturar prédio histórico com nuvenzinha e vidros, programação visual e desejos nefastos de apagar seu entorno.. o programa …