sobre azuis nessa noite gélida de dois mil e dezesseis.

(a primeira pessoa do singular se faz plural; quer se desintegrar e se fundir ao vasto mundo múltiplo. o sítio, o sítio viaja e vai ali se reinventar) >> azuis, um projeto que iniciei em 2013, de início é sobre identidade, sobre existir para além das bordas de instituições e representatividades, existir além-números, para além de rastreamentos e coordenadas, normatizações. a existência se fortalece ao passo que se ramifica, se fortalece pelas bordas. desenha começos e meios e singularidades não apreensíveis nas superfícies, cria novos mundos, e talvez aí, quando esbarra na necessidade de fazer lugar e abrigo, é que …

falar com PHASMIDES, de daniel steegman-mangrané

crítica/percepção ou conversa publicada no sítio do ateliê397 em 18.11.2015   desestruturar-se. confundir-se. corpo que se mistura à lama e opera por associação. sujeito-corpo-ambiente. sequer sujeito, ainda: coisa. objeto que ANIMA. e então bicho. antes, poderia ser uma folha, um pedaço de pau, de árvore. enquanto planta, parte da paisagem; enquanto bicho, predomina? sobressai-se no todo? o animal existe, mas que será essa existência enquanto mundo? sobressalentes, os modos de sossego que constrói um homem (no masculino, branco, singular) perante a TERRA, a que preço – desnorteia-se uma barragem, e cai sobre as cidades – de erguer os planos. dormentes, …

vulto, melodia

e toda a vontade de potência dessas matilhas, subjugadas a sérios consensos perante a maioria ¶ Poderíamos pôr abaixo todos os mistérios, celeumas tristes e demais internos. Rodo de lugar não tem nome, não tem coisa, é pura função. Das 8 da manhã às seis da tarde nos reunimos, confeccionando aquilo que será exposto no museu dos largos, o parque ouvinte da classe militar. Nosso grau de indiferença não tem nome, se converte em emaranhados de coisa alguma, fiação. As estruturas não serão visíveis, as estruturas não serão visíveis – permanecem, anulam-se, tão logo adentramos a sala expositiva. (o convite …

as colunas caíram do céu, de luiz zerbini

sobre a instalação de luiz zerbini, exposta no evento luz na cidade, rio de janeiro, 2012 Da obra intitulada “minha última pintura”, 2005, que se desdobrou em outras e reinventou para o próprio artista a ideia e a vontade de pintar – e, porque não, para o público, já que ele também aparece no quadro, refletido – pode-se dizer que ao mesmo tempo ela motivou e fez parte de futuras instalações. Esse movimento, da pintura para a instalação, acontece dentro de uma trajetória em que os trabalhos se complementam, às vezes se misturando ou confundindo. “Minha última pintura” se faz …

confluências, luminâncias, filmes

versão original do artigo publicado na revista overmundo nº1, sem cortes Como se constrói a partir de uma torrente de ideias, invenção? Fazer um filme pode partir da pureza de uma ideia banal; um lapso de estória capaz de carregar imagens e sons que, orquestrados, funcionem em conjunto. Ou pode ser também uma obra construída durante anos anos a fio, detalhada, narrativa, com estruturas. Seja o que for a reger os minutos da empreitada, é certo que os modos de fazer não só são múltiplos como possíveis, muitos deles. E que quando se pretende abarcar um contexto, ou compreender o …