montanha ~ 9+1 laboratório aberto

estive presente com instalações, fotografias e ação (escritura da carta em nanquim + papel de arroz) 9+1 laboratório aberto aconteceu entre os dias 25 e 27 de junho de 2016 e foi um primeiro encontro expositivo no antigo apartamento de familiares da clara machado, na tijuca, rio de janeiro. 9+1 é aline besouro / amanda Rocha (ba) / ana hortides / anaïs karenin / bianca madruga / clara machado / inês nin / leticia tandeta tartarotti / pedro veneroso (mg) + pollyana quintella

asfalto dança, revolvido e celeste

  do que seremos capazes. quando estivermos em residência. quando estivermos juntos. quando soubermos desatar os laços e não nos deixar contaminar pelas ruas. pelo ruído que envolve. encruzilhadas de encontros e um tanto de terra descascada, casa — muitos moraram aqui. nós estamos. um curto período de tempo, esses dias: vejo transição. para mim transição, enfim transição, de polir arestas transição. transitoriedade. estamos. rio de janeiro se impõe transitório, quando cutuca suas terras abaixo, tantas camadas. seria não só o pó que entra pelas janelas ou o ruído alto de máquinas, às vezes acontece, como o samba. mas ele …

asfalto dança, revolvido e celeste

texto impresso em papel vegetal e distribuído no ‘kit comum’ na exposição sozinho a gente não vale nada, de encerramento da residência casa comum, em 2016.     do que seremos capazes. quando estivermos em residência. quando estivermos juntos. quando soubermos desatar os laços e não nos deixar contaminar pelas ruas. pelo ruído que envolve. encruzilhadas de encontros e um tanto de terra descascada, casa — muitos moraram aqui. nós estamos. um curto período de tempo, esses dias: vejo transição. para mim transição, enfim transição, de polir arestas transição. transitoriedade. estamos. rio de janeiro se impõe transitório, quando cutuca suas …

sozinho a gente não vale nada // casa comum

As calçadas são desfeitas e refeitas todos os dias. Enormes pedregulhos por onde passaram talvez cem anos são desenterrados, expostos e triturados. Em seu lugar, o concreto que chega. Seu pó entra por todos os poros e frestas, sobe em uma névoa tóxica e deixa todos embriagados. Manchas de asfalto e entulhos desenham padrões geométricos ao acaso. Uma fila de manilhas ocupa a fachada há semanas. Diz-se que um dia elas irão para o subsolo. Talvez por elas passarão parte dos rios desmembrados e confinados desse Rio de Janeiro. Talvez elas se explodam na próxima enchente. A Casa Comum acabou …