fluxo

onde está uma ventania que se situa exatamente no instante em que a dança começa, uma membrana é posta de lado; cartilagens de baleia formam costelas duras e maleáveis – uma fortaleza que tem meios e barbatanas; pés que correm por entre teias costuradas e que sim! cessam, se fazem percurso no chão; olhos que entre uma atenção e outra formam tecidos inversos, só se sabem em ação; imagens turvas que se formam cada vez mais em campo de letra, sobrepostas, miudinhas e contadas aos baldes para crianças; enxurrada, eu não sei, às vezes durmo; se considero cachoeiras como um …

tamanho

– “como você se amplifica?” – processo. lentidão, depois tamanho. como a carta em que diz (não diz) onde está a chave do tamanho (você descobre, no porvir, ao passo do movimento) – onde está – ? – acaso o movimento te percorre, te dá voltas, te brinca de inventar duzentas formas, e enquanto isso, enquanto isso, percebe, envolve, envolve o movimento, envolve a dança, envolve os morfemas, as pessoas, o que há de vir o que amplifica é o mesmo que move? não sabemos, mas envolvemos uma pá de lembranças enquanto procuramos, e encontramos quando não pensamos, lapsos de …

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  em dois espaços distintos ­- o salão nobre e o jardim lateral do casarão, aos pés da floresta ­- foram propostos dois movimentos para orientar a exploração dos espaços: 1­. girar, rodopiar 2.­ andar em linha reta, como em corda bamba   realizada na mostra ‘arte ação’ na EAV parque lage rio de janeiro, fevereiro de 2016

circuitos para corpo e lápis

na oficina DANÇADESENHO SONORO, que ministrei no SESC Belenzinho em agosto de 2015, usamos um circuito drawdio (com CI 555) acoplado a um lápis. O grafite, presente nos lápis, é um condutor elétrico. Se conectarmos um circuito que produz sons a um lápis e um amplificador, poderemos gerar sons ao desenhar. Um desenho é um gesto, um movimento, que pode ser entendido como dança. A oficina explora essa intersecção entre linguagens através da criação de desenhos sonoros, dançados. primeiro montamos o circuito e testamos os sons em desenhos menores, de mesa. depois passamos para um papel grande, uma verdadeira passarela, …