atravessamentos de lugar, chão: habitação, exílio e afetos

No dia 22 de agosto de 2019, a amiga Laura Burocco convidou a mim e Amanda Costa para uma conversa sobre nossos trabalhos, relacionando-os com as mudanças pelas quais passou a cidade do Rio de Janeiro nos últimos anos. O eixo, ou gancho da conversa, foram as obras do VLT nas zonas portuária e central da cidade, documentadas por Laura e amigos ao longo de algum tempo. Eu e Amanda partilhamos desse processo e trouxemos também outras experiências próximas. A conversa ocorreu no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, no centro do Rio, no contexto da exposição Gentrilogy, da Laura …

situ

o corpo renova o gesto absorve somente entra o que brota entre as vestes abismos mais não agora, chão coisalinda absorto, pois em toda sorte de assuntos novos, de la casita de la vida nova que se instaura cá comigo das idas à universidade às atividades de escriba viagens celestes transformam manhãs com e sem sono do sol em minha boca da lua amarela, peste em fogo amor vem faceiro, agreste permeado de vozes e vorazes inventos cheios de vogais e consoantes vociferando mais alto mais turvo, mais manso fizemos um filme sim! película nossa boca tem nome uma imagem …

tamanho

– “como você se amplifica?” – processo. lentidão, depois tamanho. como a carta em que diz (não diz) onde está a chave do tamanho (você descobre, no porvir, ao passo do movimento) – onde está – ? – acaso o movimento te percorre, te dá voltas, te brinca de inventar duzentas formas, e enquanto isso, enquanto isso, percebe, envolve, envolve o movimento, envolve a dança, envolve os morfemas, as pessoas, o que há de vir o que amplifica é o mesmo que move? não sabemos, mas envolvemos uma pá de lembranças enquanto procuramos, e encontramos quando não pensamos, lapsos de …

descaminho

algumas coisas convergem para não colidir. an island shakes. universo florido num pedestal. glórias. desalentos. celebração numa floresta de cabos, demônios, inversões, acasos. invernos somos uns para os outros e tudo o que exalamos são vozes. imersões não consigo, tão fundo. eu deixo linkar e aqui não é lugar de esconder, mas expor, fazer. pressão demais. abre, mas abre pouco, que é pra continuar tendo aquele lugarzinho lindo que não sabe nomear, inventa, investe, coerção. de novo, o mergulho. ele se revolve. o som é uma mistura de muito do que eu faria e não faço, agora mesmo. simbólico caminho …

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  em dois espaços distintos ­- o salão nobre e o jardim lateral do casarão, aos pés da floresta ­- foram propostos dois movimentos para orientar a exploração dos espaços: 1­. girar, rodopiar 2.­ andar em linha reta, como em corda bamba   realizada na mostra ‘arte ação’ na EAV parque lage rio de janeiro, fevereiro de 2016