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azuis se pretende múltiplo e, pois isso, a escolha de um nome aleatório. um nome dentre muitos, porque definiu-se a necessidade um sítio.

por princípio um nome que não significasse nada. posto que quase tudo significa, apropriemo-nos de palavras existentes. em muitos lugares, usaremos números elaborados ao acaso no lugar de nomes. também números se impõem como identidades nos resquícios disciplinares de nosso dia-a-dia.

sítio remete a uma casa rodeada de vegetação que cresce e torna a paisagem acolhedora. sim, o selvagem é acolhedor. o desorganizado é acolhedor. o caos acolhe porque de certa forma participamos dele. a casa fornece o abrigo para os excessos.

azuis é factóide de representação, uma não-representação representante para fazer frente a um mundo que insiste em funcionar por representações. mesmo que elas não te representem.

cria-se um nome como ferramenta para lidar com esse entorno. talvez seja necessário, por um momento, participar minimamente dos mesmos processos cognitivos que se impõem no ambiente para que sejamos lidos. e que a semente se pulverize.

azuis é lugar de experimentação.

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vulto, melodia

e toda a vontade de
potência dessas matilhas,
subjugadas a sérios
consensos perante a maioria

inhotim mira a classe c

Poderíamos pôr abaixo todos os mistérios, celeumas tristes e demais internos.

Rodo de lugar não tem nome, não tem coisa, é pura função. Das 8 da manhã às seis da tarde nos reunimos, confeccionando aquilo que será exposto no museu dos largos, o parque ouvinte da classe militar.

Nosso grau de indiferença não tem nome, se converte em emaranhados de coisa alguma, fiação. As estruturas não serão visíveis, as estruturas não serão visíveis – permanecem, anulam-se, tão logo adentramos a sala expositiva.

(o convite para a inauguração esqueceram, ou foi visto pela mão de terceiros, à meia voz).

Qual é o corpo que comemora seus doces mistérios cantantes?

São tantas as vozes e mãos habilidosas empenhadas em construir sabe-o-que-isso-venha-a-ser. Entretenimento de pedais celestes, ferradura – mas por que mesmo fomos tornados invisíveis?

O gosto pela função; o amante que se importa mas não é tomado à cena. É visto no barracão da escola, em meio de muitos, e assim se reconhece. A única visão possível é a do ato sem fala (e todo o ruído da sala é vão, inevitável).

Seria doce se não fosse sincero. Meus aplausos aos artistas e seus castelos!

do entorno que nos enleva:

somente a notícia posta sobre
a mesa
ao lado dos livros
e da arte –
para nos lembrar em que
lugar estamos)

folder_vultomelodia_s1600

eins deeg

um nome, significa: employer ID Numbers (EINs) + deeg is ‘direction; sky’ (hindi, boy’s name or a city)

+

achei duas imagens, encontradas ao acaso no google, buscando por deeg;

a contragosto, mas por pura vontade de contato, voltei pr’aquele recanto de vigilância, onde as gentes insistem em se encontrar, e, sobretudo, “compatilhar”.

por um tempo, estive assim, lá:

einsdeeg_fb1

e ainda: ninguém pensa em anagramas, não é?