sozinho a gente não vale nada // casa comum

As calçadas são desfeitas e refeitas todos os dias. Enormes pedregulhos por onde passaram talvez cem anos são desenterrados, expostos e triturados. Em seu lugar, o concreto que chega. Seu pó entra por todos os poros e frestas, sobe em uma névoa tóxica e deixa todos embriagados. Manchas de asfalto e entulhos desenham padrões geométricos ao acaso. Uma fila de manilhas ocupa a fachada há semanas. Diz-se que um dia elas irão para o subsolo. Talvez por elas passarão parte dos rios desmembrados e confinados desse Rio de Janeiro. Talvez elas se explodam na próxima enchente. A Casa Comum acabou …

9+1 laboratório aberto

//laboratório aberto é a primeira etapa expositiva do grupo de pesquisa 9+1. * O que é 9+1 Pollyana: Me propus um jogo. Convidei três artistas. Cada um deles deveria convidar artistas que eu não conheço. Os artistas que eu não conheço deveriam convidar artistas que eles não conhecem. Formamos um grupo de 10 pessoas e começamos um processo de pesquisa. Convidei Aline, Bianca e Clara. Aline convidou Inês que convidou Pedro. Bianca convidou Leticia que convidou Ana. Clara convidou Anais que convidou Amanda. Passamos Maio e Junho nos reunindo, vendo trabalhos, trocando referências. Identificamos cruzamentos possíveis, redes, convergências, imantações, pontes, …

ativismo hacker e ética da permacultura

no dia 9 de maio deste ano tive o grande prazer de participar de um debate sobre ativismo hacker e ética da permacultura, ou hacktivismo e permacultura. éticas, noções e práticas de autonomia, vivências, educação e diferentes perspectivas sobre tecnologias, fazeres e política permearam o efusivo debate. agradeço profundamente ao instituto casa da cidade pela abertura do espaço, à maisa martorano pelas trocas e sobretudo à nadia recioli pelo convite, pelas conversas e por tudo o que ainda vamos fazer. o debate continua na rede e ainda irá se espalhar e muito por outros espaços. “sempre foi sobre união de mundos” …

ações para desaparecer: condivíduos, máscaras e personas fugidias

personagens forjadas, autores de quem não se sabe direito o paradeiro, pseudônimos, heterônimos, indivíduos coletivos, figuras ficcionais, imagens construídas. seriam maneiras que pessoas encontraram de camuflar suas “verdadeiras” identidades, ou simplesmente outros modos de agir? contra a política de nomes e números, que rastreia, mapeia e monitora indivíduos, propomos a criação de personas, anedotas, versões variantes de um paradeiro, imagens, estratégias, ações, respostas absurdas. importante é confundir. ~~ realizada em mesa circular de debates ruído experimento vozes subjetivas em meio à CRYTORAVE 2016  programação completa //