ponte

uma cidade que começa com uma ponte ligando lugar nenhum a lugar nenhum: um monumento ao espaço. ponte venerada por ser matéria; veneração ao concreto. escavadeiras como veículo “que torna o sonho possível”. é como se a decisão de um fosse de muitos, mas não. vilarejo pacato com síndrome de auto-depreciação, alumínio. terras férteis e de bom grado, mas não, escrutínio, quero ser grande, quero ser maior, quero ser super que é para não ter medo, coisificar, tornar planas as montanhas, construir teleféricos inertes, casas sobrepostas – que chique, os arranha-céus! para onde foram os novelos, os sem medo que …

casamento nas montanhas mágicas

em julho desse ano, após longa jornada, futebol y preparativos, foram celebradas três uniões em uma alegre cerimônia lésbica coletiva. a capela nossa senhora de aparecida e o ET de varginha, junto à comunidade do distrito de pestana e a copa das montanhas mágicas têm o prazer de felicitar as noivas e desejar muita festa y estrelas y amor y cores. obs: as fotos da festa ficaram ótimas, mas a principal foi vandalizada e decidimos manter a forma recém-adquirida por meio dos dispositivos digitais, entendendo que a mesma fortalece o humor e a perspicácia daquelas que a mirarem. a foto …

camuflagem aos 18

a festa BOTA NA RODA decidiu relembrar a adolescência e as pessoas publicavam fotos suas. muitas criancinhas. e alguns adolescentes tardios (somos muitxs). me lembrei da vontade de infância e do desejo de me perder em floresta. as duas foram tiradas no sul: florianópolis e curitiba.

laboratório fotoestelar #1 // iii internacional do movimento sem-satélites // fumaça, rj encontro com pesconantro // explorações lúdicas // objetos não identificados // luz y neblina

entulho naborda do mar

função: dessalientar. (constroem engenhocas tão loucas tapumes invenção esses que vivem tão próximos do asfalto– azuis, eles vivem, contudo) // “é preciso chamar as bruxas para estragar o conto de fadas”, dizia o bruno cava sobre a inauguração do MAR, aquele museu mumificado que se posta ao lado do atual “buracão da praça mauá”, futura via subterrânea que estupra o centro histórico do rio de janeiro. em tudo agressivo, inclusive na sua alvidez (é alvo, é ávido) que, tentando ser moderno, quer misturar prédio histórico com nuvenzinha e vidros, programação visual e desejos nefastos de apagar seu entorno.. o programa …