re: homem-água e afins

compõe em cartas oi querida, estou no tempo lento do observador, que mais observa que anima, que mais caminha que processa, está em si mesmo e não está, por vezes; a cidade ilumina, enerva e preenche tanto desse corpo que ele demora a reanimar (mas anima) ânimo como existência de chão, de sentido, isso é que sim construir uma percepção de si mesmo, e a partir disso criar suas próprias formas de alheamento, de criação, de modos de agir no mundo, ainda que nem tão diretos (nunca) quando a mudança é grande, a carroça se bagunça, se reorganiza, leva um …

brilho

sobreposição de montes, desta vez novidade; aprender a mover os montes um por vez. os cascos. astutos montes concedem abraços. acolhi. acolhedores cantos de tanta lucidez, sem firulas, com respiros, sem bocados, entredentes. acolhedores montes de tantas mantas cem invernos toalhinha praia no inverno entrecantos – um ritual de chão, lá em casa. escopo de porventura sossego se entende o que vem e deixa o que vai. sem erro. compreensão do esforço e do zelo cada qual se encaixa aquece por merecimento o tamanho das palavras e todos os silêncios imagéticos mesmo os sem imagem: só silêncio às margens. vento …