caverna

um gosto que recolhe vozes e conta suturas. magias capitais de um sem número de eventos perdidos delírios, tantos mais. tantos mais solfejos abertos, gorgeios espertos, apertos de mesa de bar. conversa fugaz, sonho sem razão. turva. não tem sentido mas há encontro. não chega a encostar.

sonhos abertos. fronteira de intelecto; separação. é sintomático que se procrastine o abraço, depois de, corpo afoito, encostar. aproximação em fala, conversa bonita, conversa. uma mulher exuberante e um garoto recatado — a mesma pessoa e duas. mira olhares que intercedem, encolhem suas forças brutas e afetos mágicos em recatados atos, desinteressadas informações.

você pode ser um monte, gigante e esbelto, mas tudo uma questão de lugar. de tempo e lugar e sorrisos que só se constrói quando há passagem. fortúnio, força de abertura. seriam ciclos, de lágrima e lástima, gozo e risadas. movimentos abruptos.

éramos sem chão enquanto construíamos prumos e aprumos, conversas contínuas, faíscas e acontecimentos. cotidiano de flores, criação conversa, criação dança y abraço alento. sustento.

atrito posto que asfalto, posto que conflito de grandes egos magistrais, montanhas. duas montanhas a faiscar, e então avalanche, corpo sem ar.