minhas vestes de samurai já não ecoam hinos
os ramos não existem mais
astutos saberes de coisaduras
ibagens
é preciso reinventar as estruturas
visagens, planas, espasmos correntes
todos os meses foram postos à mesa
assim como os iguais
calados, publicam membranas
assombram correntes, seguem coisas mortas
..
do sentido que perdemos ontem
temos aqui: uma amostra
um não-sei-quem-faz
percorridos foram os ventos
têm sido todos os dias
todos os dias me calo
tagarelamos conjuntamente sobre quaisquer assuntos
minha boca tem bolhas
de sussurros me faço em paz
solfejo, passarinha
se abro os véus me põem mais bolhas
inócuos vermes que saem
nada de auspicioso nisso, sabemos
contudo, minha boca
astutos sossegos construídos e sem modos
seremos,
selar os cantos de coisentão
e procurar morfemas
livros
uma boca inerte talvez que observa
se expressa por uma vitrola
mais frequentemente pela cozinha, mesmo
barriga
sabor e transformação de matéria, alimento
(quase não escrevo)
(quase não obliquo)